8 de jun. de 2012

1984: Big Brother

1984 | Clássico de George Orwell vai ganhar nova adaptação ao cinema

Projeto nasceu da vontade de Shepard Faurey, o artista responsável pelo famoso pôster “Hope” de Barack Obama

1984, clássico de George Orwell, vai ganhar uma nova adaptação ao cinema, segundo o Hollywood Reporter.
No romance distópico, publicado em 1949, Orwell mostra uma sociedade em permanete estado de guerra, fundamentada em paranóia, propaganda, vigilância e controle. A história é centrada em Winston Smith, um funcionário do Ministério da Verdade, órgão responsável por alterar fatos históricos e obras da literatura para atestar a competência do governo. Desiludido com sua vida, Smith nutre secretamente desejos de rebelião e por um amor proibido.

O romance, considerado a obra prima de Orwell, tornou comuns termos como Big Brother e se transformou em símbolo do autoritarismo, da fiscalização e da invasão sobre os direitos do indivíduo – o termo orwelliano, por exemplo, é usado para descrever qualquer semelhança ao regime ficcional do livro.

O projeto nasceu da vontade de Shepard Fairey, o artista responsável pelo famoso pôster “Hope” de Barack Obama, que levou a ideia de uma nova versão até a Imagine Entertainment Julie Yorn, da LBI Entertainment, também assinará a produção.

O livro, publicado no Brasil pela Cia. das Letras, foi adaptado diversas vezes, no cinema e na TV, sendo a mais famisa a de Michael Radford, lançada em 1984 e estrelada por John Hurt, Richard Burton e Suzanna Hamilton. 

George Orwell foi um dos escritores mais influentes do século XX. Ele descreveu em livros todas as suas vivências como guarda na Birmânia ou como professor.Assista ao trailler.

 Fonte: Uol



Foi num 8 de junho de 1949 que foi lançado o livro 1984 de George Orwell.


1984 é uma metáfora sobre o poder e as sociedades modernas. No livro, Orwell mostra como uma sociedade oligárquica coletivista é capaz de reprimir qualquer um que se opuser a ela. O romance se tornou famoso por seu retrato da difusa fiscalização e controle de um determinado governo na vida dos cidadãos, além da crescente invasão sobre os direitos do indivíduo. Desde sua publicação, muitos de seus termos e conceitos, como "Big Brother", "duplipensar" e "Novilíngua" entraram no vernáculo popular.


O Estado controlava o pensamento dos cidadãos, entre muitos outros meios, pela manipulação da língua. Os especialistas do Ministério da Verdade criaram a Novilíngua, uma língua ainda em construção, que quando estivesse finalmente completa impediria a expressão de qualquer opinião contrária ao regime. Uma das mais curiosas palavras da Novilíngua é a palavra duplipensar que corresponde a um conceito segundo o qual é possível ao indivíduo conviver simultaneamente com duas crenças diametralmente opostas e aceitar ambas. Os nomes dos Ministérios em 1984 são exemplos do duplipensar. O Ministério da Verdade, ao rectificar as notícias, na verdade estava mentindo. Porém, para o Partido, aquela era a verdade. Assim, o conceito de duplipensar é plausível a um cidadão da Oceania.

Outra palavra da Novilíngua era Teletela, nome dado a um dispositivo através do qual o Estado vigiava cada cidadão. A Teletela era como que um televisor bidirecional, isto é, que permitia tanto ver quanto ser visto. Nele, o "papel de parede" (ou seja, quando nenhum programa estava sendo exibido) era a figura inanimada do líder máximo, o Grande Irmão.
No livro, Orwell expõe uma teoria da Guerra. Segundo ele, o objectivo da guerra não é vencer o inimigo nem lutar por uma causa. O objetivo da guerra é manter o poder das classes altas, limitando o acesso à educação, à cultura e aos bens materiais das classes baixas. A guerra serve para destruir os bens materiais produzidos pelos pobres e para impedir que eles acumulem cultura e riqueza e se tornem uma ameaça aos poderosos. Assim, um dos lemas do Partido, "guerra é paz", é explicado no livro de Emmanuel Goldstein: "Uma paz verdadeiramente permanente seria o mesmo que a guerra permanente".
 Aviso: Terminam aqui as revelações sobre o enredo (spoilers).



Impactos do romance 1984

O reality show Big Brother, desenvolvido pelo holandês John de Mol, é uma referência ao personagem do Grande Irmão de 1984.

A história em quadrinhos V de Vingança, posteriormente adaptada ao cinema, de autoria de Alan Moore e desenhada por David Lloyd, tem clara inspiração no romance 1984, uma vez que também trata de uma sociedade distópica na Inglaterra do futuro.

O filme Equilibrium, estrelado por Christian Bale, e passa numa sociedade distópica do futuro, que apresenta algumas semelhanças com aquela retratada por Orwell em 1984.

O jogo de computador Half Life 2, apresenta uma série de semelhanças com 1984, uma vez que mostra uma resistência lutando contra o domínio totalitário de uma raça alienigena sobre os humanos, mantidos sob manipulação da informação, controle da fertilidade e outros aspectos presentes também no livro.
O autor de ficção científica David Brin costuma dizer que o grande mérito da ficção científica não é prever o futuro, mas pintar um futuro tão horrível que as pessoas vão lutar que ele não aconteça. Neste sentido, 1984 é talvez o livro mais importante do século, porque, a qualquer sinal de tirania, a sociedade lembra do livro e luta para impedi-la.


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