24 de jan. de 2013

Salve, Odorico Mendes!








Em 24 de janeiro de 1799 nasceu  Odorico Mendes, político, publicista e humanista brasileiro (morre em 1864). 

Autor das primeiras traduções integrais para português das obras de Virgílio e Homero. Foi o primeiro tradutor da Ilíada para português, considerado por muitos como o mais acabado humanista lusófono.

Odorico Mendes conta entre seus descendentes com um bisneto famoso : o escritor francês Maurice Druon.

A partir de 1847, instalado em França e desligado da actividade política, dedica-se a transcriar em português os clássicos, começando por Virgílio. Em resultado desse labor, publica no ano de 1854, na Tipografia de Rignoux, em Paris, a Eneida em português, numa edição que se esgotaria em quinze dias. Quatro anos depois, em 1858, edita a obra completa do poeta latino, concentrando a Eneida, as Bucólicas e as Geórgicas, com as respectivas notas, numa cuidada edição de oitocentas páginas sob o título de Virgílio Brasileiro.

Tendo já traduzido a obra completa conhecida de Virgílio, inicia a tradução em verso dos épicos de Homero, mas falece em Londres, a 17 de Agosto de 1864, quando já tinha completada e aperfeiçoada e pronta para edição, a tradução da Ilíada e da Odisseia. A Ilíada teve sua primeira edição em 1874, editada pelo maranhense Henrique Alves de Carvalho, e a Odisseia apenas veio a público em 1928.


Pra saber mais:

  • JORGE, Sebastião. Os primeiros passos da imprensa no Maranhão. São Luís, PPPG/EDUFMA, 1987.
  • JORGE, Sebastião A Linguagem dos Pasquins. São Luís: Lithograf, 1998.
  • JORGE, Sebastião. Política movida a paixão – o jornalismo polêmico de Odorico Mendes. São Luís: Departamento de Comunicação Social/UFMA, 2000.

  • (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Odorico_Mendes)


Título de cidadão ludovicense premia a trajetória do jornalista Sebastião Jorge
Professor Emérito da UFMA foi homenageado pela Câmara Municipal por sua trajetória na prática e pesquisa jornalística



SÃO LUÍS - No dia 13 de junho, o jornalista, advogado, geógrafo e Professor Emérito da UFMA, Sebastião Jorge, recebeu o título de cidadão ludovicense, concedido pela Câmara Municipal de São Luís. A propositura do título foi feita pelo vereador José Joaquim Guimarães Ramos (PSDB). Sebastião Jorge é natural de São Bento, a 297 km de São Luís, e foi um dos precursores da pesquisa em Comunicação no Estado. Atuou em diversos veículos jornalísticos, como O Dia, Pacotilha, O Globo, O Imparcial, Correio do Nordeste, Diário da Manhã, Jornal de Bolso, A Tribuna e Revista Desportos e Lazer; publicou crônicas no Jornal de São Bento; foi correspondente da Revista Visão, de São Paulo, e redator das Rádios Gurupi e Timbiras e da TV Difusora.

O professor se disse grato pelo título, que considerou resultante do seu trabalho na mídia. “Esse é o reflexo de constantes reivindicações, de luta por benefícios para a cidade e, ao mesmo tempo, das denúncias de nossas mazelas”, comentou. Analisando a atual conjuntura do jornalismo impresso em São Luís, Sebastião se mostra satisfeito: “Há uma média de 10 jornais em circulação, alguns com alto padrão de qualidade. Isso numa cidade que não é economicamente favorecida”, argumentou.

É autor de uma vasta bibliografia, sobretudo, relacionada à história do jornalismo maranhense. Entre suas obras estão Pesquisa em Comunicação (1974), O jornalismo hoje (1978), Os primeiros passos da imprensa no Maranhão/1821-1841 (1987), A linguagem dos pasquins (1998), Política movida à paixão: o jornalismo polêmico de Odorico Mendes (2000), Cenas de Rua (2003), A imprensa do Maranhão no século XIX(1821-1900) e Inovações do Jornalismo no mundo (2009). O escritor acredita que deve haver um olhar mais voltado para a construção de um referencial teórico focado na história da mídia local: “Temos um potencial muito grande de assuntos a serem trabalhados e que passam despercebidos pela academia. Esses temas são de fundamental importância para compreender a nossa realidade”, disse. Dentre os projetos futuros do professor, está o lançamento de um livro de crônicas, em que além da criação literária, possa fazer um estudo do gênero no jornalismo opinativo. (Fonte: http://www.ufma.br/noticias/noticias.php?cod=12740)





Machado de Assis noticia morte de Odorico Mendes (29/08/2010)

crônica 26/09/1864

Não por acaso, antes muito de indústria, guardei para o fim do folhetim a notícia da morte de Odorico Mendes. A imprensa comunicou ao público que o ilustre ancião falecera em Londres a 17 do passado. Odorico Mendes é uma das figuras mais imponentes de nossa literatura. Tinha o culto da antiguidade, de que era, aos olhos modernos, um intérprete perfeito. Naturalizara Virgílio na língua de Camões; tratava defazer o mesmo ao divino Homero. De sua própria inspiração deixou formosos versos, conhecidos de todos os que prezam as letras pátrias. E não foi só como escritor e poeta que deixou um nome; antes de fazer a sua segunda Odisséia, escrita em grego por Homero, teve outra, que foi a das nossas lutas políticas, onde ele representou um papel e deixou um exemplo. Era filho do Maranhão, terra fecunda de tantas glórias pátrias, e tão desventurada a esta hora, que as vê fugir, uma a uma, para a terra da eternidade. Há poucos meses, Gomes de Souza; agora Odorico Mendes; e, se é exata a dolorosa notícia trazida pelo último paquete, agrava-se de dia para dia a enfermidade do grande poeta, cujos Cantos serão um monumento eterno de poesia nacional. Deus ampare, por glória nossa, os dias do ilustre poeta; mas, se ele vier a sucumbir depois de tantos outros, que lágrimas serão bastantes para lamentar a dor da Níobe americana? Texto-fonte: Obra Completa, Machado de Assis, Rio de Janeiro: Edições W. M. Jackson,1937. Publicado originalmente no Diário do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, de 12/06/1864 a 16/05/1865.(Fonte: http://quemtemmedodepoesia.wordpress.com/2010/08/29/machado-de-assis-noticia-morte-de-odorico-mendes/)

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