Seis anos de saudades. O cantor e compositor maranhense Escrete morreu na manhã de 25 de janeiro de 2007, aos 54 anos. Conhecido por ser um dos grandes compositores do carnaval maranhense, o último samba-enredo de Escrete foi "De cabaça a cabacinha, eu sou mais Terezinha", uma homenagem a farmacêutica Terezinha Rêgo, na escola Favela do Samba, em 2001.
Nascido em 15/03/1952, em Rosário, Escrete começou a vida artística em 1979, quando foi campeão na Escola de Samba Unidos da Camboa, iniciando uma carreira vitoriosa de compositor de sambas-enredo.
Esse primeiro Samba foi interpretado por Beto Pereira. Depois, passou para a escola Favela do Samba onde ficou até sua morte.
Autor de dezenas de sambas-enredos e durante muitos anos compositor da Favela do Samba, Escrete ganhou ficou famoso com um dos primeiros registros da música afromaranhense, com o LP “Malungos”, cujas músicas foram levadas às ruas de São Luís pelo Bloco Afro Akomabu.
Autor das música “Gaiola” (Bandeira de Liberdade), em parceria com Joãozinho Ribeiro. O trabalho de Escrete com o Bloco Afro Akomabu, do Centro de Cultura Negra do MA (CCN), produziu uma das músicas mais famosas do carnaval maranhense, “Sereia” (parceria com Carlos Gomes e Nicéias Dumont), que se transformaram em verdadeiros hinos do carnaval maranhense.
Além de ser um dos grandes vencedores de sambas de enredo, Escrete ganhou destaque com o Show Bumba Maranhão, fez parte do Show Canto Afro, gravou seu CD solo intitulado “Lua de Luanda”, participou dos CDs “Pérolas Negras” e “Canto Afro”, em parceria com Paulinho Akomabu e Tadeu de Obatalá, e, no ano passado, lançou uma coletânea com músicas de bumba-meu-boi.
No início de janeiro de 2007, já com sua saúde muito debilitada, Escrete acabou ganhando uma grande homenagem, no primeiro sábado deste ano (dia 6 de janeiro passado), com o show “Viva Escrete”, que reuniu um grande número de artistas na sede do Centro de Cultura Negra do Maranhão (CCN). A festa contou com a presença dos cantores Tadeu de Obatalá, Cláudio Pinheiro, Josias Sobrinho, Teresa Canto, Sami do Cavaco, Walbinho Vamu di Samba, Ribão D’Oludô, Daffé e Joãozinho Ribeiro (atual secretário de Estado da Cultura) e a banda de reggae Guetos. Os cantores maranhenses Cláudio Pinheiro, Zé Carlos Daffé e Rosa Reis, além de Neguinho da Beija-Flor e Ovelha são apenas alguns dos nomes que gravaram músicas de Escrete.
Um momento importante de sua carreira foi quando gravou o vinil “Malungos”, com Tadeu de Obatalá, e o CD solo “Lua de Luanda”. Além desses, assinou “Canto Afro do Maranhão”, com Paulinho Akomabu e Tadeu de Obatalá.
Nascido no dia 15 de março de 1952, Escrete morreu reconhecido como um dos maiores compositores da música maranhense. Aos 18 anos, ele começou a levar a música mais a sério e a compor mais intensamente. Mas somente no começo da década de 80 ele passou a se tornar mais conhecido do público. Foi em 1980 que compôs seu primeiro samba-enredo, para a extinta escola de samba Unidos da Camboa, com o tema “Encantos do Mar”. Também em 1980 foi convidado pelo então carnavalesco da Favela do Samba, Fernando Sousa, a compor para a escola.
Na Favela do Samba, estreou com o samba-enredo “Mariazinha do Sacavém”, uma história infantil, composta em parceria com o já falecido compositor Olegário. Em 1981, deixou definitivamente a Unidos da Camboa e passou a compor apenas para a Favela, onde permanece até hoje. Ele compôs mais de 20 sambas para a escola, sendo que o último foi em homenagem à professora Terezinha Rego, em 2001, em parceria com Riba do Palmares e seu irmão Tião. Os grupos de bumba-meu-boi Pirilampo, Boi de Palha e Mocidade de Rosário também têm composições de Escrete em seus discos, assim como vários blocos tradicionais e organizados.
Escrete teve várias participações especiais em shows de cantores maranhenses e teve suas músicas gravadas por vários deles. Seu primeiro show solo foi “Espaço Sagrado”, uma homenagem aos ritmos maranhenses, do bumba-meu-boi à mina. “Lua de Luanda” é o título de outro show solo feito por Escrete. Depois, juntamente com Tadeu de Obatalá e Paulinho Akomabu, apresentou “Canto Afro”, que foi seguido por “Bumba Maranhão”, voltado às músicas juninas, tendo como forte as toadas de bumba-meu-boi.
Saudades!!!
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