Caoca Cruz desginer gráfico, a homenageada MUNDINHA ARAÚJO, o renomado artista plástico internacional Guilherme e Robinho músico, percussionista e instrutor |
O Centro de Cultura Negra do Maranhão (CCN-MA) acaba de escolher a arte que vai ilustrar as indumentárias do tema que o Bolco Afro Akomabu vai usar na a próxima temporada carnavalesca. Em 2013 a agremiação desfilará com o tema é “Mundinha Araújo: A guerreira que faz história”. A arte é assinada pelo artista plástico e carnavalesco Guilherme e tem o design gráfico de Caoca Cruz, integrante do bloco.
Tendo sido uma das fundadoras do CCN, a pesquisadora, jornalista e escritora Maria Raymunda Araújo é autora de várias obras, entre elas, destacam-se “Insurreição de Escravos” (1994) e “Em busca de Dom Cosme Bento das Chagas – Negro Cosme: Tutor e Imperador da Liberdade” (2011), considerado uma grande contribuição à historiografia sobre as lutas do negro no Maranhão. O livro permite uma releitura sobre a mais sangrenta revolta popular da História maranhense, a Balaiada, e lança luzes sobre o polêmico Negro Cosme, hoje reconhecido como um dos mais importantes personagens da luta contra a escravidão no Brasil.
Fundado em 19 de setembro de 1979, o CCN tem investido em ações de formação, que possibilite instrumentos para que os afros descendentes desse Estado se percebam enquanto um segmento social que pode criar condições de sua organização, de atuar por si mesmo na transformação da realidade de opressão social baseada no racismo que ficou relegado. Para isso o C.C.N tem desenvolvido diversas ações de caráter artístico cultural como instrumento de resgate e valorização da cultura afro brasileira.
O bloco Afro Akomabu foi criado em 1984, como mais um instrumento de luta do Centro de Cultura Negra do Maranhão no combate a discriminação racial através da preservação e valorização da riqueza cultural do povo negro. O bloco saiu pelas ruas de São Luís pela primeira vez com 60 pessoas que eram militantes do CCN e os freqüentadores de terreiros de Mina (em dialeto Jeje-nagô) e algumas músicas e algumas músicas do Bloco Afro Ilê Aiyê, da Bahia. Com um ritmo contagiante do afoxé-mina, envolve toda a população da ilha, seduzindo negros(as) e não negros(as) para um despertar da consciência racial, mostrando toda a sua beleza.
Em língua Fon Akomabu significa "a cultura não deve morrer" e o bloco afro Akomabu. Já não é mais um bloco formado só por negros, mas de todas as pessoas que se identificam com a luta e os ritmos trazidos para o Brasil pelos africanos.
Salve, Mundinnha Araújo!!!
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