15 de abr. de 2013

15 de abril aniversário de Cesar Teixeira. Salve, Poeta!

15 de abril aniversário de Cesar Teixeira















Oração Latina - César Teixeira

Esta nova oração,
É uma canção de vida
Pelo sangue da ferida no chão.
Que não cicatrizará
Nem tampouco deixará de abrir
A rosa em nosso coração...

E diga sim...
A quem nos quer abraçar,
Mas se for pra enganar
Diga não...

Com as bandeiras na rua
Ninguém pode nos calar.
Com as bandeiras na rua
Ninguém pode nos calar.

E quem nos ajudará
A não ser a própria gente
Pois hoje não se consente esperar.
Somente a rosa e o punhal.
Somente o punhal e a rosa
Poderão fazer a luz do sol brilhar.

E diga sim...
A quem nos quer acolher,
Mas se for pra nos prender
Diga não...

Ninguém vai ser torturado
Com vontade de lutar.
Ninguém vai ser torturado
Com vontade de lutar.
La la la la laiá la la la la laiá la
La la la la laiá la la la la laiá la

E diga sim...
A quem nos quer acolher...
Mas se for pra nos prender...
Diga não...

 (música "Oração Latina" tornou-se um hino das lutas dos movimentos populares no Maranhão, inicialmente e, também, em outras partes do Brasil)

Poeta, jornalista, cantor, compositor e dramaturgo, Cesar Teixeira nasceu no Beco das Minas, (próximo ao bairro Madre Deus) na capital maranhense, São Luís. Antes de se tornar cantor dedicou-se, na adolescência, às artes plásticas, que lhe renderam dois prêmios (1969 e 1970) em salões de pintura. Em 1972, junto com o poeta Viriato Gaspar, arrebatou o 3º lugar no III Festival de Música Popular Maranhense e, neste mesmo ano, participou da fundação do Laborarte, movimento artístico existente até hoje. Lá realizou as primeiras experiências com ritmos regionais.

“O quê que tem, se eu como na lata?/ O quê que há? Eu já nasci sem gravata./ O quê que tem, se eu tiro o som da lata?/ O quê que há? A fome é autodidata./ Tiro da lata de lixo meu título de cidadão./ Meu dedo pelo sapato furado espia a Nação./ Meto a mão no bolso/ e o troco não dá pra embriagar./ Morro e não peço socorro,/ debaixo da ponte é meu lar, doce lar./ Entro no shopping do lixo e me vejo na televisão./ A minha dor é artista, e essa conta eu não pago mais, não”, denuncia a letra de sua música "Shopping Brazil".

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