8 de nov. de 2013

Trabalhadores da Cultura tem nível de instrução mais alto que outros setores


















A constatação é do IBGE: Entre os trabalhadores do setor cultural, prevalece um nível de instrução mais alto que o observado entre os ocupados no mercado de trabalho em geral. 

População ocupada na cultura: nível de instrução no setor é mais elevado do que no total dos trabalhadores
Entre os trabalhadores do setor cultural, prevalece um nível de instrução mais alto que o observado entre os ocupados no mercado de trabalho em geral.

Em 2007, no mercado de trabalho em geral, 9,5% dos trabalhadores (8,6 milhões) possuíam nível superior completo; no setor cultural, 12,9% dos trabalhadores (586 mil) tinham nível superior completo. Em 2012, a diferença entre o nível de instrução dos trabalhadores do setor cultural e dos trabalhadores em geral se acentuou: enquanto 14,0% dos trabalhadores em geral (12,3 milhões) possuíam nível superior completo, no setor cultural esse percentual alcançou 20,8% (759 mil trabalhadores). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), que permite traçar um perfil das pessoas ocupadas em atividades culturais, incluindo os trabalhadores com e sem carteira de trabalho assinada, aqueles que trabalham por conta própria e os empregadores.

O número de trabalhadores vinculados ao setor cultural alcançou 3,7 milhões em 2012, o equivalente a 3,9% do total de ocupados no Brasil. A região Sudeste apresentou a maior proporção de ocupados nas atividades relacionadas à cultura em todo o período (4,5% em 2012). São Paulo foi a unidade da federação com a maior participação de trabalhadores em atividades culturais na população ocupada: 5,1%, o equivalente a 1,1 milhão de pessoas.

De 2007 para 2012, a participação dos trabalhadores com carteira de trabalho assinada na população ocupada total cresceu no Brasil. Tal movimento foi acompanhado pelo setor cultural, tendo se evidenciado, também, a redução da participação dos trabalhadores sem carteira assinada e dos trabalhadores por conta própria, tanto na população ocupada total quanto na população ocupada na cultura.

Em 2007, cerca de 29,7 milhões das pessoas de 10 anos ou mais de idade, ocupadas na semana de referência, possuíam carteira de trabalho assinada (33,1% do total de ocupados), enquanto, entre os ocupados em atividades culturais, 1,4 milhão de pessoas ocupadas possuíam carteira assinada (34,4% do total de ocupados na cultura). Em 2012, o número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada atingiu 37,2 milhões (39,3% do total de ocupados em todas as atividades); nas atividades relacionadas à cultura, esse número, em 2012, atingiu 1,5 milhão (39,8% do total de ocupados).

A maior participação de trabalhadores com carteira assinada no setor cultural influenciou a elevação do percentual de contribuintes para a Previdência, de 46,3% em 2007 (1,9 milhão de pessoas) para 55,8% em 2012 (2,0 milhões de trabalhadores).

O rendimento médio real mensal dos ocupados em atividades culturais foi estimado em R$ 1.258 em 2007 e em R$ 1.553 em 2012, valores superiores aos rendimentos da população ocupada no total das atividades produtivas (respectivamente, R$ 1.213 e R$ 1.460). São Paulo e Rio de Janeiro foram as unidades da federação analisadas onde a população ocupada em atividades culturais recebia o maior vencimento (R$ 2.093 e R$ 1.996, respectivamente), mais que o dobro do salário médio recebido pela população ocupada na cultura no Ceará (R$ 952), unidade com o menor valor estimado para o salário médio mensal.

Manteve-se a maior participação do sexo masculino no conjunto de pessoas ocupadas no setor cultural (51,5% em 2007 e 53,0% em 2012). Somente a região Centro-Oeste registrou elevação da participação feminina na população ocupada em atividades culturais, de 46,3% em 2007 para 48,9% em 2012.

Os trabalhadores de cor branca, em 2007, representavam mais da metade dos ocupados brasileiros de uma forma geral (50,1% contra 49,0% dos trabalhadores pretos ou pardos). Nas atividades relacionadas à cultura, esse percentual era maior (58,0% eram brancos e 40,8%, pretos ou pardos).

Em 2009, os trabalhadores de cor preta ou parda ultrapassaram os trabalhadores de cor branca na população ocupada total, movimento que se manteve em 2011 e alcançou a diferença mais significativa em 2012 (51,9% contra 47,2% para os trabalhadores brancos). Entretanto, nas ocupações relacionadas à cultura, os trabalhadores brancos foram maioria em todo o período analisado. Em 2012, essa população representou 57,5%, enquanto os pretos ou pardos, alcançaram 41,3%.

A população de 16 a 24 anos de idade ocupada na cultura é proporcionalmente maior que a população ocupada nos demais setores da economia, embora essa proporção venha se reduzindo nos dois casos. Em 2007, essa parcela representava 24,4% do total de ocupados em atividades culturais, enquanto, na população ocupada total, esse valor atingia 19,1%. Em 2012, a população de 16 a 24 anos de idade era 21,7% do total de ocupados na cultura e 16,9% do total de ocupados em todas as atividades produtivas.

Fonte: IBGE

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