7 de mar. de 2014

Trinta dias sem Chico Coimbra

Trinta dias sem Chico
 
 
Passamos mais um carnaval. E, desta vez, sem a alegria, irreverência e o talento do querido Chico Coimbra. Difícil de aceitar, mas, é a pura realidade.
 
Nesses dias disse a mim mesmo: Não, não vou chorar, vou dar risadas; pois como bem o sabemos, a alegria era uma de suas maiores marcas e o carnaval uma de suas maiores passarelas, portanto, vivemos estes dias nesta bendita conexão entre céu e terra, da passarela temporária (a luta por uma definitiva, continua, Chico). Então, fui ver, e vi passar escolas, blocos, tribos, turmas, cortejos, afros e tambores...
 
É, Chico, mais um carnaval... mas, sem você. Por isso, não pude repetir como tantas vezes o fizemos, juntos, visitas a barracões, bailes chics e do povão; em salões nobres e pelas ruas e bairros populares, sim, porque, mais uma de suas marcas pessoais, a simplicidade lhe abriu portas da alta sociedade e do povo, e, nos dois segmentos, com respeito, dignidade, bom humor, e talento.
 
Sim, sabemos, ser esse um seu "conceito" fundamental. Justo por isso, a sua tão prestigiada coluna social nos últimos anos, foi assim batizada "Conceito" que no corre-corre diário da redação abraçamos, discutimos os assuntos, as fotos, aquilo que deveria ser publicado. E estivemos juntos em redações de rádio, tv, jornais, sempre numa sintonia que nos aproximou desde os primeiros carnavais, e deles nos irmanou nos segmento artísticos, de moda, estilo e cultural. E em todos esses momentos juntos nossa principal preocupação foi com a identidade cultural da nossa gente.
 
E neste carnaval de 2014 as lembranças de nossa trajetória no jornalismo, colunismo, teatros e galerias, uma trajetória cultura que percorremos juntos, tantas, tantas vezes...
Foram dias de reflexão e lembranças, onde pude confirmar nossas certezas, igualmente tantas vezes compartilhadas e discutidas em intermináveis conversas, reflexões. Nelas, uma única grande preocupação: A identidade Maranhense; sua cultura, suas gentes...
 
Querido Chico Coimbra, vivemos nesta tão maltratada "ilha-Capital" (epíteto cunhado por mim, mas prontamente adotado por você em sua coluna) dias carnaval, desta vez sem você, sem o seu brilho, mas, mais que nunca com nossas velhas certezas: Nossa gente é nosso maior patrimônio e por ela, por sua cultura tão particularmente criativa, continuamos na luta, você daí, eu por aqui!
 
E logo já se passaram 30 dias do seu falecimento. Foram estes, dias de saudades e lembranças de uma trajetória bem marcada por sua cultura tão particularmente criativa. Mas continuamos na luta, você daí, eu por aqui! Luz e Paz, querido Chico Coimbra!!!

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