21 de ago. de 2015

Salve, Aldo Leite!

Lio Ribeiro, Aldo Leite e Inaldo Lisbôa, no hall do Teatro Alcione Nazaré, ao fundo, placa de agosto de 2005, comemorativa dos 30 anos da estreia de "Tempo de Espera). Foto: Lauro Vasconcelos

















Aldo Leite (Penalva/MA, 1941) é ator, diretor, dramaturgo e professor. Em 23 de Agosto, aniversaria o querido Aldo Leite, um dos grandes do teatro brasileiro, nascido no Maranhão. O mês marca também os quarenta anos da estreia do espetáculo "Tempo de Espera", que, sendo marco no teatro brasileiro, projetou internacionalmente o nosso artista.

Biografia - Aldo de Jesus Muniz Leite, nasceu em Penalva, Maranhão, em 23 de agosto de 1941. Gradua-se em Teatro pela Escola de Comunicações e Arte da Universidade de São Paulo (ECA/USP), em 1976, a mesma instituição onde obtem o grau de Mestre em Teatro, no ano de 1989. É professor adjunto do Departamento de Artes da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

Sua vasta experiência teatral como ator, diretor e autor de numerosas peças teatrais o qualifica como uma das maiores expressões do fazer teatral no Maranhão, reconhecido e respeitado em todo o território nacional pelo trabalho desenvolvido ao longo dos anos.

"Tempo de Espera", sua obra conhecida, além de receber os mais significativos prêmios nacionais dedicados às Artes Cênicas apresentou-se também, sob sua direção e com elenco maranhense, na Europa, especificamente, França, Holanda e Alemanha, constituindo-se em um sucesso de público e crítica.

Recentemente, em 2007, esteve em Coimbra, Portugal, a fim de participar da estreia de "Tempo de Espera" por um grupo teatral português.

Entre sua vasta produção literária destacam-se ainda, entre outras peças, "Aves de Arribação", "O Pleito", "O Castigo do Santo", "A Arca de Noé", "O Chá das Quintas" e "A Rainha da Zona", estas últimas premiadas no Concurso Literário Cidade de São Luís - Categoria Teatro, em 1999 e 2005.

Durante a adolescência, em São Luís do Maranhão, conhece Mary e Ubiratan Teixeira, entrando para o grupo teatral do Mestre Bira e participando da montagem de "Simbita e o Dragão". de Lúcia Benedetti, no Teatro Arthur Azevedo.

Nos anos 1960, conhece Reynaldo Faray que o convida para participar do elenco de "Branca de Neve e os Sete Anos", então produzido pelo Clube das Mães. A partir daí participa ativamente do Grupo Tema (Teatro Experimental do Maranhão), trabalhando como ator em espetáculos infantis, infanto-juvenis e adultos.

Faz vestibular para o Curso de Jornalismo uma parceria da Secretaria de Educação do Estado e da USP, a UFMA ainda não tinha o curso na sua grade curricular. Os professores do curso vinham de São Paulo, entre eles, Miroel Silveira e Alberto Guzik, do departamento de Teatro da USP, que logo após o curso vão assistir a montagem “O Tema Conta Zumbi”, de Gianfrancesco Guarnieri, ao final da apresentação o aconselham a mudar para a Escola de Comunicação e Artes (ECA) e fazer o Curso de Bacharel em Teatro, em São Paulo.

Ainda no Curso da USP em 1975, vem a São Luís sendo convidado por Reynaldo Faray para participar do elenco de "Quem Casa, quer Casa", de Martins Pena, e viajar pelo interior do estado apresentando o espetáculo para alunos do Mobral. Dessa experiência surge a idéia de escrever "Tempo de Espera", a partir das pesquisas realizadas com os alunos do Mobral e da realidade social das pessoas das cidades por onde o grupo passava. Com a conclusão do curso em São Paulo, volta para São Luís em 1977, sendo contratado pela UFMA para dirigir o Grupo Gangorra, desenvolvendo intensa atividade artístico-cultural com o grupo universitário e o Grupo Mutirão.
caricatura de Jonilson Bruzaca in: http://projetomonstros3.blogspot.com.br/2008/02/aldo-leite-teatrlogo.html































Direção
1975- Tempo de Espera, de Aldo Leite (Grupo Mutirão)
1977- Em Moeda Corrente do País, de Abílio Pereira de Almeida (Grupo Gangorra)
1978- Pedreiras das Almas, de Jorge Andrade (Grupo Gangorra)
1979- Aluga-se uma Barriga. de Jurandir Pereira (Grupo Gangorra)
1979- ABC da Cultura Maranhense, de Aldo Leite (Grupo Gangorra)
1979- Os Saltimbancos, de Chico Buarque (Grupo Mutirão e Grupo Gangorra)
1980- Os Perseguidos, de João Mohana (Grupo Mutirão e Grupo Gangorra)
1980- O Gato Errado, de Fernando Strático (Grupo Gangorra)
1981- Aves de Arribação, de Aldo Leite (Grupo Mutirão e Grupo Gangorra)
1986- A Casa de Bernarda Alba, de Federico Garcia Lorca (Grupo Mutirão e Grupo Gangorra)
1987- Cenas de um Casamento, vários autores (Grupo Gangorra)
1987- O Tribunal dos Divórcios, de Cervantes (Grupo Gangorra)
1987- O Defunto, de René Obaldia (Grupo Gangorra)
1999- Um Raio de Luar, de Aldo Leite (Grupo Gangorra)
2009- A Consulta, de Artur Azevedo

Atuação
Branca de Neve e os Sete Anões
Iaiá Boneca
Socayte em Baby-dool, de Henrique Pongetti – Grupo Tema
O Beijo no Asfalto, de Nelson Rodrigues – Grupo Tema
A Revolução do Beatos, de Dias Gomes – Grupo Tema
Tema Conta Zumbi, de Gianfrancesco Guarnieri – Grupo Tema
Zoo Story, de Edward Albee, direção de Facury Heluy - Grupo Tema
Em Tempo do Amor ao Próximo, de Artur Azevedo – Grupo Tema
A Via Sacra, de Henri Ghéon – Grupo Tema
Os Mistérios do Sexo, de Coelho Neto – Grupo Tema
Quem Casa quer Casa, de Martins Pena – Grupo Tema
Por Causa de Inês, de João Mohana – Grupo Tema
A Casa de Orates, de Artur Azevedo – Grupo Tema
A Consulta, de Artur Azevedo – Grupo Tema
Cazumbá, de Américo Azevedo Neto – Grupo Cazumbá
Simbita e o Dragão, de Lúcia Benedetti, direção de Ubiratan Teixeira
O Médico à Força, de Molière, direção de Ubiratan Teixeira
O Processo de Jesus, de Diego Fabri, direção de Ubiratan Teixeira
O Mártir do Calvário, de Eduardo Cucena – Cia. Cecílio Sá
Maria Arcângela, de Aldo Leite – Grupo Tema
O Cavaleiro do Destino, de Tácito Borralho e Josias Sobrinho, direção de Tácito Borralho – Coteatro
Marat Sade, de Peter Schaffer, direção de Marcelo Flexa – Coteatro
El Rey Dom Sebastião. texto e direção de Tácito Borralho – Coteatro
A Viagem, de Carlos Queiroz Teles, direção de Celso Nunes
Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto
Lúcia Elétrica de Oliveira, texto e direção de Cláudia de Castro

Cinema
A Faca e o Rio, de Nelson Pereira dos Santos
Carlota Joaquina, de Carla Camurati
Fonte: http://teatropedia.com/wiki/Aldo_Leite

2 comentários:

  1. Essa figura precisa está nas páginas de dissertações e teses. Quero registrá-lo antes que eu vá para o outro plano da existência. Inclusive hoje lembrei e escutei bastante seu nome. Acredito que fez muito pelo nosso teatro e novas gerações precisam saber, não só miticamente, mas como real colaborador de ações artísticas.

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