5 de fev. de 2016

2 anos sem o querido Chico Coimbra


Com as bençãos de São Francisco, na Casa do Criador, este Lio Ribeiro, carnavalesco Enoque Silva, Marluze Pastor Santos e o querido Chico Coimbra (in memoriam)
Chico Coimbra: *19/11/1948 +07/02/2014

Carnaval sem Chico Coimbra

Mais um carnaval. Desta vez, já completando um segundo  ano sem a alegria, irreverência e o talento do querido Chico Coimbra.

Difícil de aceitar, mas, é real. Não, não vou chorar, vou dar risadas, pois como bem o sabemos, a alegria era uma de suas maiores marcas e o carnaval uma de suas maiores passarelas. Uma de suas grandes paixões, portanto, riremos juntos, nesta bendita conexão entre céu e terra, da passarela temporária, pois a nossa velha luta pela construção de uma passarela definitiva, continua, Chico. Pois é, meu querido, as promessas, como sempre, se renovam, mas as ações não se concretizam.

Mas, é carnaval, então, vamos rir e nos divertir com escolas, blocos, tribos, turmas, cortejos, afros e tambores...

Rir porque o carnaval é o maior riso da humanidade, é onde ela ri de si mesma, de suas mazelas, querelas, paixões e futebol... Rir, porque é no carnaval que os reis, príncipes e nobres temporários, repetem os mesmos erros dos tais senhores do poder no cotidiano.
Rir, porque no carnaval rir e sonhar são sinônimos bem geminados, se irmanam nas fantasias de uma realidade melhor, mais justa...

É, meu querido Chico Coimbra, estamos vivendo mais um carnaval... mas, hoje, especialmente sem você. Justamente neste sétimo dia do fevereiro, que há dois anos foi o dia escolhido por você para partir para esse céu estrelado, morada dos deuses e fraternidade eterna.

Então, meu amigo, neste dia, nesta folia, não poderei repetir falas, emoções, debates e reflexões, como tantas vezes o fizemos, juntos, em estúdios de rádios e tv’s; redações de jornais, sites e revistas; em mesas de bar, tantos lugares onde estávamos juntos.

São boas lembranças, e bons debates... E juntos fizemos muitas, muitas visitas a barracões, bailes chics e do povão, sim, porque, essa era mais uma de suas marcas pessoais, a simplicidade lhe abriu portas da alta sociedade e do povo, e, nos dois segmentos, com respeito, dignidade, bom humor, e talento.

Sim, Coimbra, sabemos, esse um seu "Conceito" fundamental. Justo por isso, a sua tão prestigiada coluna social nos últimos anos, foi assim batizada Conceito. E tamanho era o sucesso que, aos domingos, ela se transformava em um exuberante caderno repleto de cores e informações, carinhosamente selecionadas por você.

E neste carnaval de 2016 as lembranças de nossa trajetória no jornalismo, colunismo, teatros e galerias, em São Luís, ou mundo afora, que eram verdadeiras jornadas culturais, que percorremos juntos, aqui e alhures. Estas lembranças tantas, tantas vezes me enchem de alegria, confirmam nossas certezas.  Igualmente tantas vezes por nós compartilhadas e discutidas em intermináveis conversas, reflexões. Nelas, uma única grande preocupação: A identidade Maranhense; sua cultura, suas gentes...

Querido Chico Coimbra, ainda uma vez vivemos estes dias de carnaval, agora já completando dois anos de sua sentida ausência, sem o seu brilho, mas, mais que nunca com nossas velhas certezas: Nossa gente é nosso maior patrimônio e por ela, por sua cultura tão particularmente criativa, continuamos na luta, você daí, eu por aqui! Doces e gostosas saudades!!! 
(São Luís, ilha-Capital, em 07/02/16)

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