Com as bençãos de São Francisco, na Casa do Criador, este Lio Ribeiro, carnavalesco Enoque Silva, Marluze Pastor Santos e o querido Chico Coimbra (in memoriam)
Chico Coimbra: *19/11/1948 +07/02/2014
Carnaval sem Chico Coimbra
Mais
um carnaval. Desta vez, já completando um segundo ano sem a alegria, irreverência e o talento
do querido Chico Coimbra.
Difícil
de aceitar, mas, é real. Não, não vou chorar, vou dar risadas, pois como bem o sabemos,
a alegria era uma de suas maiores marcas e o carnaval uma de suas maiores
passarelas. Uma de suas grandes paixões, portanto, riremos juntos, nesta
bendita conexão entre céu e terra, da passarela temporária, pois a nossa velha
luta pela construção de uma passarela definitiva, continua, Chico. Pois é, meu
querido, as promessas, como sempre, se renovam, mas as ações não se
concretizam.
Mas,
é carnaval, então, vamos rir e nos divertir com escolas, blocos, tribos,
turmas, cortejos, afros e tambores...
Rir
porque o carnaval é o maior riso da humanidade, é onde ela ri de si mesma, de
suas mazelas, querelas, paixões e futebol... Rir, porque é no carnaval que os
reis, príncipes e nobres temporários, repetem os mesmos erros dos tais senhores
do poder no cotidiano.
Rir,
porque no carnaval rir e sonhar são sinônimos bem geminados, se irmanam nas
fantasias de uma realidade melhor, mais justa...
É,
meu querido Chico Coimbra, estamos vivendo mais um carnaval... mas, hoje,
especialmente sem você. Justamente neste sétimo dia do fevereiro, que há dois
anos foi o dia escolhido por você para partir para esse céu estrelado, morada
dos deuses e fraternidade eterna.
Então,
meu amigo, neste dia, nesta folia, não poderei repetir falas, emoções, debates
e reflexões, como tantas vezes o fizemos, juntos, em estúdios de rádios e tv’s;
redações de jornais, sites e revistas; em mesas de bar, tantos lugares onde
estávamos juntos.
São
boas lembranças, e bons debates... E juntos fizemos muitas, muitas visitas a
barracões, bailes chics e do povão, sim, porque, essa era mais uma de suas
marcas pessoais, a simplicidade lhe abriu portas da alta sociedade e do povo,
e, nos dois segmentos, com respeito, dignidade, bom humor, e talento.
Sim,
Coimbra, sabemos, esse um seu "Conceito" fundamental. Justo por isso,
a sua tão prestigiada coluna social nos últimos anos, foi assim batizada
Conceito. E tamanho era o sucesso que, aos domingos, ela se transformava em um
exuberante caderno repleto de cores e informações, carinhosamente selecionadas por
você.
E
neste carnaval de 2016 as lembranças de nossa trajetória no jornalismo,
colunismo, teatros e galerias, em São Luís, ou mundo afora, que eram
verdadeiras jornadas culturais, que percorremos juntos, aqui e alhures. Estas
lembranças tantas, tantas vezes me enchem de alegria, confirmam nossas
certezas. Igualmente tantas vezes por
nós compartilhadas e discutidas em intermináveis conversas, reflexões. Nelas,
uma única grande preocupação: A identidade Maranhense; sua cultura, suas
gentes...
Querido
Chico Coimbra, ainda uma vez vivemos estes dias de carnaval, agora já
completando dois anos de sua sentida ausência, sem o seu brilho, mas, mais que
nunca com nossas velhas certezas: Nossa gente é nosso maior patrimônio e por
ela, por sua cultura tão particularmente criativa, continuamos na luta, você
daí, eu por aqui! Doces e gostosas saudades!!!
(São
Luís, ilha-Capital, em 07/02/16)
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