2022, seu novinho!
Bem vindo, seu danadinho. E já aqui estou eu, estreando este novo parlatório. Que seja satisfatório, e lúcido! Que seja um espaço de contribuições e reflexões, para um mundo melhor. Que esta parada do saber não estacione e espalhe boas ideias, e emoções!
O novo ano começou em nossa abençoada ilha-Capital. Debaixo d’águas, sem foguetórios. Sem aglomerações. Sem mais, nem menos. Para muitos, ou poucos, a listinha de novos atos, atitudes comportamentais, e outros quetais, já é bastante volumosa e, quanto mais, antigona.
A ilha continua esburacada, esfoliada e mal interpretada. Nos palcos e nos porões dos palácios. Aliás, por aqui, temos mais palácios que nobres. Muitas falácias e pouca atenção aos pobres. Por isso, uma ilha-Capital. Cada vez mais ilha; cada vez mais Capital. Cuja pobreza funciona como uma pena, decapitando muitas esperanças da gente sem posses; empanturrando de moedas os porquinhos dos pouquíssimos endinheirados. Por aqui, as platitas continuam nas mãos de poucos e muito longes das palafitas.
Em nossos becos e escadarias o sobe-desce é do povo em busca do ovo, da páscoa, do vôo do pássaro do sonho diário, de pão e felicidade. O povo, esse sagrado sacrifício da humanidade rumo a evolução. Esse contingente de gente pronta pra apontar o caminho, que as tais elites, em seus deleites, ignoram solenemente.
Esse povo que se faz presente, e povoa o tempo das civilizações, nem tão civilizadas quanto deveriam. Ele está firme, em qualquer lugar. E aqui. Pelo centro histórico, e suas histórias, seu personagens, suas vidas. Pelas periferias, palafitas, penínsulas que nem isso são porque são apenas uma ponta da areia esticada ao mar. Deste emaranhado Maranhão que tudo que faz é sobreviver. Que, como um gato, ou um boi, tem mais de sete mil vidas para viver. (LR)
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