Depois de colocar, equivocadamente, o BMBoi em reportagem sobre carnaval, site da revista Nova Escola (veja abaixo), publicou nova matéria sobre o Fofão (veja, a seguir).
O Fofão está na rua!
O boneco, famoso entre os moradores de São Luís, ajuda a divulgar um tipo de espetáculo nascido na Europa e montado fora dos palcos
PAULO ARAÚJO (novaescola@atleitor.com.br)
Máscaras de papelão e roupas de chita: com poucos gastos, o boneco fica pronto. Foto: Meireles Jr
Sequência de atividades
1. ORIGEM EUROPÉIA
Toda forma de teatro tem raízes históricas que os alunos precisam conhecer. Nos dois primeiros encontros, Ivan explicou que o Fofão se originou na Commedia dellArte, gênero criado na Itália no século 15 (localize no pôster com a linha do tempo) e depois difundido pela Europa, caracterizado por apresentações populares feitas nas ruas. "No norte de Portugal, há um personagem chamado Careta que sai pelas ruas no Carnaval", conta. As pesquisas apontam que ele pode ser o pai do Fofão. Ivan mostrou aos alunos imagens desse ancestral.
2. PLANEJAMENTO E FIGURINO
Para que o custo das roupas não inviabilize o projeto, é possível utilizar materiais baratos, como chita, tiras de garrafa PET e até jornal, como fez o grupo para confeccionar o figurino do Fofão. Já a máscara, uma parte exuberante da fantasia, foi feita com papelão de caixa de sapato, cola, tinta guache e barbante. Durante uma oficina, que você pode acompanhar no nosso site, todos aprenderam a montar as máscaras grotescas.
3. PERSONAGEM CONTESTADOR
Esse teatro é mais que brincadeira. Ivan lembrou que na Idade Média, nas ruas e praças, os bonecos faziam sátiras e debochavam do teatro clássico, encenado em ambientes fechados para divertir as cortes. E o Fofão, que mensagem transmite? Todos foram desafiados a dar respostas. O ser que destoa dos padrões de beleza é espontâneo e mexe com as pessoas. Mas, ao pedir dinheiro, lembra de questões sociais. Portanto, os temas que afligem os moradores da comunidade poderiam estar na boca do personagem. "Teatro é contestação", lembra Ivan.
4. O ESPETÁCULO VAI À RUA
Fazer apresentações na rua exige planejamento, principalmente em relação à segurança. Por isso, Ivan reuniu-se com os colegas para discutir detalhes do espetáculo e solicitou à prefeitura o fechamento da via. A grande consagração do grupo, todos já sonham, será mesmo no Carnaval de 2007.
Quer saber mais?
CONTATOS
Escola de Música Lilah Lisboa, R. da Estrela, 363, 65010-200, São Luís, MA
Ivan Veras, Av. dos Portugueses, s/nº, 65085-582,São Luís, MA, casemirococo@uol.com.br
EXCLUSIVO ON-LINE
Acompanhe o passo-a-passo da confecção da máscara do boneco Fofão em www.novaescola.org.br
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Ivan Veras, Av. dos Portugueses, s/nº, 65085-582,São Luís, MA, casemirococo@uol.com.br
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Carnaval
Aproveite o período para trabalhar com seus alunos as diferentes manifestações culturais da festa brasileira mais popular no mundo. Neste especial você encontra quatro reportagens, três planos de aula e quatro recursos multimídias para usar com os estudantes.
Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/carnaval/
Carnaval
O Brasil possui diversas formas de comemorar o carnaval. Aproveite o período para trabalhar com seus alunos as diferentes manifestações culturais da festa pelo país
O boi maranhense
Um dos elementos mais tradicionais do folcore brasileiro é comemorado há mais de 200 anos em São Luís do Maranhão
Região: Nordeste
São Luís - Maranhão
Bumba-meu-boi
História - A festa do Bumba-meu-boi, uma tradição que se mantém desde o século 18, arrasta maranhenses e visitantes por todos os cantos de São Luís. Em homenagem ao protetor do auto, São João, a festa acontece principalmente entre os meses de junho e julho, mas há muitos eventos fora de época que ocorrem durante todo o ano. O enredo do Bumba-meu-boi conta a história de Pai Francisco, um escravo que, para saciar o desejo de sua esposa grávida por uma língua de boi, mata o gado de estimação do senhor da fazenda. Percebendo a morte do boi, o senhor convoca pajés e curandeiras para ressuscitar o animal. O boi volta à vida e a comunidade festeja.
Essa história é um retrato das relações sociais e econômicas vigentes naquela região no período colonial. O nordeste brasileiro vivia da monocultura e da criação de gado, apoiando-se em um regime de escravidão.
Somente na cidade de São Luís, capital do Maranhão, existem mais de cem grupos de Bumba-meu-boi. Cada um deles tem o seu sotaque, ou seja, uma forma própria de se expressar através das vestimentas, da coreografia, dos instrumentos escolhidos e da cadência da música.
Ritmo predominante - Toada
A toada não se trata de um ritmo exclusivamente maranhense. Pode ser composto por melodias de diversos tipos - simples, ora chorosa e triste, ora álacre e buliçosa, ora cômica ou satírica. Em geral, as toadas não são romanceadas, mas possuem estrofes e refrãos.
O desfile - A encenação do bumba-meu-boi maranhense é uma espécie de auto em que se misturam teatro, dança, música e circo. Tradicionalmente realizado no período das festas juninas (em alguns lugares também no Natal e no Carnaval), o bumba-meu-boi encena o rapto, morte e ressurreição do boi uma história de certa forma metaforiza o ciclo agrário. Musicalmente, ele engloba vários estilos brasileiros, como os aboios, canções pastoris, toadas, cantigas folclóricas e repentes, tocados em instrumentos típicos do país, tanto de percussão como de cordas. Os principais elementos do espetáculo são: o boi, o vaqueiro, o donos da fazenda, os músicos e os personagens principais da lenda - Nego Chico e Catirina. O auto do bumba-meu-boi sempre é acompanhado por uma banda musical. Vários ritmos e instrumentos são utilizados: só no Maranhão há mais de cem grupos folclóricos. Em alguns estilos (ou sotaques, como dizem os maranhenses), dá para ouvir até banjos e saxofones. Os instrumentos mais comuns, porém, são os de percussão: tambores, pandeirões, matracas (dois pedaços de madeira batidos um contra o outro), maracás (uma espécie de chocalho) e tambor-onça (tipo de cuíca rústica, de som gravíssimo). O festejo se divide em quatro etapas. Ainda na preparação começa o primeiro estágio, os ensaios. Eles se iniciam no sábado de aleluia e terminam dia 13 de junho, dia de São João, ou no sábado mais próximo dessa data. A segunda fase é o batismo, quando o boi recebe todas as bênçãos do padroeiro da festa. A celebração com brincadeiras em arraiais durante todo o período de festa junina é a terceira etapa. A quarta e última etapa é a morte do boi, que acontece no final do mês de julho e termina definitivamente em outubro.
Região: Nordeste
São Luís - Maranhão
Bumba-meu-boi
História - A festa do Bumba-meu-boi, uma tradição que se mantém desde o século 18, arrasta maranhenses e visitantes por todos os cantos de São Luís. Em homenagem ao protetor do auto, São João, a festa acontece principalmente entre os meses de junho e julho, mas há muitos eventos fora de época que ocorrem durante todo o ano. O enredo do Bumba-meu-boi conta a história de Pai Francisco, um escravo que, para saciar o desejo de sua esposa grávida por uma língua de boi, mata o gado de estimação do senhor da fazenda. Percebendo a morte do boi, o senhor convoca pajés e curandeiras para ressuscitar o animal. O boi volta à vida e a comunidade festeja.
Essa história é um retrato das relações sociais e econômicas vigentes naquela região no período colonial. O nordeste brasileiro vivia da monocultura e da criação de gado, apoiando-se em um regime de escravidão.
Somente na cidade de São Luís, capital do Maranhão, existem mais de cem grupos de Bumba-meu-boi. Cada um deles tem o seu sotaque, ou seja, uma forma própria de se expressar através das vestimentas, da coreografia, dos instrumentos escolhidos e da cadência da música.
Ritmo predominante - Toada
A toada não se trata de um ritmo exclusivamente maranhense. Pode ser composto por melodias de diversos tipos - simples, ora chorosa e triste, ora álacre e buliçosa, ora cômica ou satírica. Em geral, as toadas não são romanceadas, mas possuem estrofes e refrãos.
O desfile - A encenação do bumba-meu-boi maranhense é uma espécie de auto em que se misturam teatro, dança, música e circo. Tradicionalmente realizado no período das festas juninas (em alguns lugares também no Natal e no Carnaval), o bumba-meu-boi encena o rapto, morte e ressurreição do boi uma história de certa forma metaforiza o ciclo agrário. Musicalmente, ele engloba vários estilos brasileiros, como os aboios, canções pastoris, toadas, cantigas folclóricas e repentes, tocados em instrumentos típicos do país, tanto de percussão como de cordas. Os principais elementos do espetáculo são: o boi, o vaqueiro, o donos da fazenda, os músicos e os personagens principais da lenda - Nego Chico e Catirina. O auto do bumba-meu-boi sempre é acompanhado por uma banda musical. Vários ritmos e instrumentos são utilizados: só no Maranhão há mais de cem grupos folclóricos. Em alguns estilos (ou sotaques, como dizem os maranhenses), dá para ouvir até banjos e saxofones. Os instrumentos mais comuns, porém, são os de percussão: tambores, pandeirões, matracas (dois pedaços de madeira batidos um contra o outro), maracás (uma espécie de chocalho) e tambor-onça (tipo de cuíca rústica, de som gravíssimo). O festejo se divide em quatro etapas. Ainda na preparação começa o primeiro estágio, os ensaios. Eles se iniciam no sábado de aleluia e terminam dia 13 de junho, dia de São João, ou no sábado mais próximo dessa data. A segunda fase é o batismo, quando o boi recebe todas as bênçãos do padroeiro da festa. A celebração com brincadeiras em arraiais durante todo o período de festa junina é a terceira etapa. A quarta e última etapa é a morte do boi, que acontece no final do mês de julho e termina definitivamente em outubro.
Comentários
Fonte:http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-2/boi-maranhense-674344.shtml
Reportagens
a matéria sobre o BMBoi no carnaval ainda está no ar.
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