16 de nov. de 2012

Tráfico de bens culturais

Comércio ilegal de bens culturais financia organizações criminosas em todo mundo, diz UNODC



Conferência do UNODC sobre crime internacional reconheceu o tráfico de bens culturais como um aspecto importante a ser tratado
O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) no Brasil alertou na quarta-feira (14) para o tráfico de bens culturais, que, por ser altamente lucrativo, representa uma fonte de renda para organizações criminosas no mundo.
Esse tipo de tráfico impacta negativamente a identidade cultural do país de origem, destrói o contexto histórico dos objetos e a capacidade de gerar conhecimento sobre o passado. O UNODC lembrou que, em razão da clandestinidades da prática, itens ilegais se misturam aos legais e torna difícil distinguir entre o comércio lícito e o ilícito. O crescente envolvimento de organizações criminosas com o tráfico de bens culturais por canais legítimos (Internet e leilões) e por mercados ilícitos torna essa prática um problema para todos os países.
Mas mesmo com acordos e legislação estabelecidos para frear o comércio de artefatos escavados ilegalmente, só nos últimos anos surgiram esforços reais para combater a questão. O UNODC lembrou da Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional, realizada no início de outubro em Viena.
Em 2003, a agência desenvolveu o Programa de Controle de Contêineres, em colaboração com a Organização Mundial das Alfândegas. A iniciativa prevista inicialmente para ajudar os países a interditar carregamentos de drogas, tem ajudado cada vez mais a identificar os movimentos ilegais de outros bens, incluindo os culturais. Policiais treinados pelo programa já interceptaram dois cânones dos séculos XVII e XVIII, roubados do patrimônio Mundial da UNESCO do Forte de San Lorenzo, no Panamá.








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